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07 de setembro: “O Grito do Ipiranga” 

Muito mais do que um feriado no calendário!

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No último sábado, 7 de setembro, foi comemorada a Independência do Brasil, uma data emblemática para a história do país. Entretanto, nem sempre essa celebração recebeu a devida atenção e relevância. No artigo de hoje, iremos contextualizar o episódio conhecido como “O Grito do Ipiranga”, discutir a importância dessa data nos dias atuais e destacar uma curiosidade pouco mencionada: o fato de que na década de seu acontecimento, essa data não foi sempre tratada como um marco prioritário no calendário nacional, sendo pouco valorizada como uma ocasião a ser lembrada e celebrada. 

Vamos retornar exatamente 202 anos no tempo, aos dias que antecederam, quando a Independência do Brasil foi proclamada pelo príncipe regente Dom Pedro de Alcântara. Esse momento histórico, amplamente conhecido como o “Grito de Independência”. Apesar de existirem controvérsias entre historiadores sobre a veracidade exata dessas palavras, é essa versão que prevalece nos livros de história. 

Mas qual era o contexto da época, e quais motivos levaram Dom Pedro a tomar essa atitude decisiva? 

O Brasil, até então colônia de Portugal, vivia um período de tensões crescentes. A Revolução do Porto, em 1820, que ocorreu em Portugal, trouxe à tona demandas por maior controle sobre o Brasil e a recolonização do território. Com o retorno do rei Dom João VI a Portugal, em 1821, Dom Pedro foi deixado como príncipe regente no Brasil. A elite brasileira, interessada em manter suas prerrogativas econômicas e políticas, se viu ameaçada pelas exigências das cortes portuguesas, que pretendiam reverter muitos avanços obtidos durante o período joanino. 

Frente às pressões para que também retornasse a Portugal e às exigências de submissão ao controle direto de Lisboa, Dom Pedro, incentivado por conselheiros brasileiros, decidiu permanecer no Brasil. Essa postura de resistência ao poder português culminou, meses depois, na proclamação da independência, consolidando a ruptura definitiva com a metrópole e estabelecendo um novo ciclo na história do Brasil. 

Esse processo de independência foi impulsionado por diversos fatores, sendo um dos principais a crescente influência que o Brasil passou a exercer nas Cortes de Lisboa. Os deputados brasileiros começaram a participar de forma mais ativa, conquistando maior presença e relevância política. Com isso, uma crescente inveja e insatisfação tomou conta dos lusitanos, que não estavam contentes com a autonomia que o Brasil gradualmente adquiria. 

Outro fator determinante foi o descontentamento da elite econômica brasileira, que buscava romper com o monopólio comercial português, vigente desde o início da colonização por meio do “Pacto Colonial”. Esse sistema obrigava o Brasil a comprar produtos industrializados exclusivamente de determinadas empresas portuguesas, o que elevava significativamente o preço final das mercadorias comercializadas na colônia.  

No entanto, mesmo após a proclamação da Independência em 1822, o Brasil permaneceu como uma monarquia, mantendo-se sob um poder centralizador. A autonomia desejada por muitos setores da sociedade não foi plenamente alcançada, uma vez que o sistema político continuou concentrado na figura do imperador e nas elites dominantes. Muitas das estruturas de poder permaneceram intactas, limitando a realização plena dos ideais de liberdade.  

A corte portuguesa, no entanto, fez de tudo para remover Dom Pedro da liderança, buscando, por todos os meios, retirar sua autonomia e centralizar novamente o poder em Lisboa. A pressão para que Dom Pedro voltasse a Portugal era constante, o que despertou reações de resistência no Brasil. 

Nesse contexto, em janeiro de 1822, uma petição com mais de oito mil assinaturas foi entregue a Dom Pedro, pedindo para que ele permanecesse no Brasil e resistisse às tentativas de recolonização. Cedendo à pressão popular, Dom Pedro pronunciou uma das frases mais célebres da história brasileira: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”. Esse ato, conhecido como o “Dia do Fico”, foi um marco importante no processo de independência, pois reforçou a determinação do Brasil em seguir seu próprio caminho, consolidando Dom Pedro como figura central na luta pela autonomia nacional. 

O “Dia do Fico” representou o primeiro passo decisivo rumo à independência do Brasil. Contudo, em várias partes do país, ainda havia forte resistência de partidários portugueses, contrários ao governo de Dom Pedro. Diante desse cenário de divisões, Dom Pedro decidiu viajar para São Paulo com o objetivo de conquistar mais apoio para sua causa. 

No dia 7 de setembro de 1822, durante sua volta ao Rio de Janeiro, Dom Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, quando recebeu novos decretos enviados pelas Cortes de Lisboa. Um desses decretos rebaixava sua autoridade, transformando-o em um simples governador, subordinado às decisões das Cortes portuguesas. Diante dessa afronta à sua liderança e à crescente pressão para manter a autonomia do Brasil, Dom Pedro, naquele momento, proclamou a independência do país, marcando a ruptura definitiva com Portugal. 

Essa decisão de romper os laços que uniam o Brasil a Portugal foi marcada pela ordem de Dom Pedro para que todos os presentes removessem as insígnias portuguesas de seus uniformes. Foi nesse momento que ele teria proclamado o célebre grito “Independência ou Morte”, consolidando o desejo de separação definitiva. No dia 12 de outubro de 1822, Dom Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, adotando o título de Dom Pedro I. Sua coroação ocorreu em 1º de dezembro do mesmo ano, marcando oficialmente o início do Império do Brasil. 

Curiosamente, a data de 7 de setembro não recebeu grande importância até o final da década de 1820. Naquele período, o significado histórico de suas ações não era amplamente reconhecido. A visibilidade e a importância maior eram dadas ao dia 12 de outubro, data em que Dom Pedro foi proclamado imperador (e era seu aniversário também), e à sua coroação, em dezembro. De fato, a independência do Brasil começou a ser amplamente celebrada e reconhecida com maior importância a partir de 1823, quando o impacto de seus desdobramentos políticos e sociais se tornou mais evidente. 

Já se passaram duzentos e dois anos da independência, e hoje essa data se fortaleceu ao longo do tempo ou caiu no esquecimento dos brasileiros? 

Quando analisamos a história do Brasil, percebemos uma clara deficiência no conhecimento sobre os eventos fundamentais que moldaram o país. A Independência do Brasil, por exemplo, muitas vezes é vista apenas como mais um feriado no calendário (chegando a ser frustrante quando cai no sábado), em vez de ser reconhecida como um marco crucial na trajetória da nação. 

Não é fácil apontar com precisão as razões para o desinteresse pela história e pelas conquistas brasileiras. Esse desinteresse pode ser fruto de fatores políticos e partidários, que por vezes priorizam discursos que distanciam as pessoas do orgulho nacional. Além disso, a própria sociedade pode demonstrar uma apatia em relação a sua história, influenciada por um mundo tecnológico que oferece outras distrações e temas aparentemente mais atraentes do que a reflexão sobre nossa própria cultura e identidade. 

Esse cenário revela uma desconexão preocupante com o passado do país, que limita a capacidade das gerações mais jovens de entenderem e valorizarem as lutas e conquistas que construíram o Brasil como nação. O resgate do sentimento nacionalista e da valorização histórica é, portanto, essencial para formar uma sociedade mais consciente e engajada com sua própria identidade. 

É essencial que conheçamos nossa própria história, compreendendo os processos e acontecimentos que nos trouxeram até o presente. Não se pode generalizar, ainda existem muitas iniciativas que mantêm viva a memória dos eventos importantes, como a Independência. Nas escolas, por exemplo, esse tema é abordado de maneira sistemática, e em diversas cidades do país, o 7 de setembro é celebrado com grande destaque, por meio de desfiles cívicos e eventos comemorativos. 

É verdade que, em alguns casos, o interesse pelo passado não se manifesta de forma ampla ou profunda, especialmente em uma era em que outros assuntos parecem competir pela atenção das pessoas. No entanto, podemos afirmar que a independência do Brasil, como marco histórico, ainda está presente na consciência coletiva. Mesmo que parte da sociedade não demonstre um engajamento ativo ou uma compreensão profunda sobre o tema, o legado da independência permanece vivo. 

O problema não reside apenas no desinteresse, mas também na maneira como alguns brasileiros lidam com o passado, muitas vezes ridicularizando ou depreciando conquistas históricas importantes. Entretanto, apesar dessas atitudes, a história do Brasil não é completamente desconsiderada. Ela ainda ocupa um lugar significativo em nossa identidade, mesmo que, em certos momentos, esse reconhecimento não seja tão consciente ou refletido. A compreensão plena de nosso passado é fundamental para fortalecer nosso senso de pertencimento e nossa capacidade de valorizar o que foi conquistado ao longo do tempo. 

A Independência do Brasil é, sem dúvida, um componente fundamental da nossa cultura e da construção da nossa identidade nacional. É um evento central que moldou a trajetória do país e deve ser reconhecido e compreendido de maneira adequada. 

 A compreensão e o reconhecimento da Independência são cruciais para fortalecer o senso de identidade e coesão social, permitindo que as pessoas se conectem com sua história e apreciem as conquistas que definiram o Brasil. 

Promover a educação sobre esse marco histórico e incentivar uma reflexão mais profunda sobre o seu significado são passos importantes para garantir que a Independência do Brasil seja lembrada e celebrada como um evento de grande importância, e não apenas como uma data no calendário e um feriado nacional. 

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