Disney chega para ‘Deadpool’
Tirar sarro de filmes de super-heróis exagerados e de má qualidade costumava ser a marca registrada. Mas com “Deadpool & Wolverine” e a incursão da Disney no Universo Marvel, esse fio se perdeu.
fonte:nytimes.com
“Deadpool & Wolverine”: Um Filme Mais Convencional
Da esquerda para a direita: Hugh Jackman como Wolverine e Ryan Reynolds como Deadpool. Crédito: Jay Maidment/20th Century Studios e Marvel
Um Novo Olhar Sobre
Os filmes de Deadpool costumam começar com uma nota divertida para o público: “Este não é um típico filme de super-herói; na verdade, todos os gêneros e tropos estão maduros para esse herói mercenário desbocado zombar.” Portanto, a primeira parte” inclui uma cena de luta com decapitação e mutilação, interpretado por Ryan Reynolds, declara: “Posso ser legal, mas não sou um herói. E sim, tecnicamente isso é assassinato. Mas algumas das melhores histórias de amor começam com assassinato. E é exatamente isso: uma história de amor.” Em seguida, observa: “Acredite ou não, ‘Deadpool 2’ é um filme de família. Uma história verdadeira,” enquanto elimina criativamente um armazém cheio de criminosos russos. “9 to 5” de Dolly Parton toca ao fundo.
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Um Filme Menos Inovador
Assim, temos um filme violento de super-heróis que também faz uma paródia discreta de comédias românticas fofas, seguido por outro filme violento que zomba de filmes familiares amorosos. Então, o que podemos esperar de “Deadpool & Wolverine”? Infelizmente, nada tão emocionante, apenas mais um filme do Universo Cinematográfico Marvel com uma classificação mais ousada.
Desvio do Estilo Original
Esta terceira parcela da franquia Deadpool não inova no gênero. Em vez disso, as piadas tentam se apoiar demais nas regras e padrões estabelecidos pela Marvel para filmes de super-heróis, o que é um mau presságio para a marca Deadpool. Vale lembrar que a franquia, anteriormente pertencente à 20th Century Fox, foi adquirida pela Disney em 2019.
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Enredo e Fan Service
O novo filme retoma a linha do anterior, quando Deadpool usa um dispositivo de viagem no tempo para salvar sua amada, Vanessa (Morena Baccarin). Este recurso é um deus ex machina desavergonhado, e o filme enfraquece seu próprio arco emocional para fazer meta piadas sobre a viagem no tempo e sua possível influência na carreira de Reynolds. “Deadpool & Wolverine” parece ter esquecido sua própria piada sobre o uso sério de enredos baratos, mergulhando de cabeça na comercialidade, enredos exagerados e fan service flagrante que têm caracterizado a maior parte da cinematografia da Marvel nos últimos anos.
Resumindo, né.
No último filme, Wolverine retorna dos mortos (veja o final de “Logan” para entender melhor), graças ao multiverso. Assim, ele e Deadpool se unem para impedir que a linha do tempo de Deadpool seja destruída pela Autoridade de Variação (assista a “Loki” para se atualizar).
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Artista Visual, Escritor e Crítico. Vassourense nas horas vagas
